
Caminho pela rua... quantos destinos cruzam-se comigo, quantas vidas diferentes de outras vidas, quantas faces diferentes de outras faces...
Vou passando por muitos (enquanto eles também passam por mim) e perscruto seus gestos, seus modos, seus olhares.
Vejo gente sorrindo, vejo gente cansada, gente altiva, gente humilde, gente triste...
não vejo alguém chorando, mas, quanta gente choraria o pranto guardado, se não fosse a vergonha de chorar pela rua.
Na rua passa tudo, passam todos passa a noite, o silêncio, o barulho, até os mortos passam pela rua. E suas casas, suas luzes, suas pedras também olham, perscrutam e testemunham a tudo e todos que passam pela rua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário